Balanceio por entre o tempo nestas horas mortas
Recordo o teu rosto desde o primeiro beijo
Um simples e inocente beijo que nos juntou
Não, não foi apenas coincidência
O teu olhar não mente, nunca conseguiu
Mas as tuas palavras mentem
a cada respirar ingrato
Um ruído surdo mentiroso
rasga a verdade que nos uniu
Impulso que contradiz o sentir
Canta à alma atrozes segredos
Inocência, talvez....
Ou vontade involuntária
Ai, como sinto o passado
Na água doce dos meus olhos
Transpareço a mágoa do ontem
Uma dor que rompe o passado
Nas teias do nosso amor
Entra de novo em mim
Segreda canções de amor
Cativa-me em ti
Hoje, ontem, para sempre
Imperfeita aqui sou sem ti
Brincas com a dor que me causas, pois
Amante sou da saudade que me prendeu
Nesta teia que teceste com a distancia
Trás de volta a chama que me guiava, pois
Encontro-me à deriva num cais perdido sem ti, sem nós....
A vida é um caminho de alegrias com algumas pedras soltas na calçada...
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
....
Poderia até fugir para o oceano
Navegar nas ondas do desespero
Morrer nas águas das ninfas
E encarnar num deus perdido
Poderia até esquecer o meu nome
Nascer de novo num sítio diferente
Falar outra língua
Conhecer novas gentes
Poderia até nunca tocar no teu olhar
Esquecer o teu nome
Esquecer a tua voz
E esse sorriso doce
Mas jamais esquecerei a rosa que me prometeste
Mesmo que demorasse um milénio e as rosas já não existissem...
Ana P. Diogo
sábado, 21 de junho de 2008
...
Fiel às tuas redes aprisiono-me
Insana, cega mas leal
Nessa teia imortal
Que me cega impiedosa
A gaiola apertada
Sufoca as palavras
Quebra as asas
Asfixia o sopro
Mas…
Mesmo sabendo céptica
Que possuo a arte de ser mulher
Deixo-te livre para amares
Para divagares o teu amor pelo mundo
Vai.. voa… divaga… ama…
Volta quando descobrires que o desprazer
Reside nas redes que me abonam
Insana, cega mas leal
Nessa teia imortal
Que me cega impiedosa
A gaiola apertada
Sufoca as palavras
Quebra as asas
Asfixia o sopro
Mas…
Mesmo sabendo céptica
Que possuo a arte de ser mulher
Deixo-te livre para amares
Para divagares o teu amor pelo mundo
Vai.. voa… divaga… ama…
Volta quando descobrires que o desprazer
Reside nas redes que me abonam
Na perpetua dor de não te ter…
quinta-feira, 19 de junho de 2008
...
sábado, 31 de maio de 2008
"O fim de um ciclo é sempre o começo de outro..."
É um novo recordar
Cada Verão que assisto
É um velho despertar
Esta Primavera de mim
É enredo do momento
Num dia sou pomar de cetim
Noutro sou mar em tormento
Ai, se eu pudesse ser manhã
E na noite acordar
Seria o sol que não entranha
E a lua ao despertar
Ai esta angustia atormenta
Saber que fui sol e lua
E o medo que me enfrenta
É a morte, pois sou sua
Não posso ser ontem nem depois
Sou o derradeiro agora
Oh morte, por quem sois?
Sois o instante em cada hora…
sábado, 24 de maio de 2008
Vontade de sonhar...
Saudades de voar entre este mundo e o outro…
De não ter medo de cair por entre um sonho ou outro…
De ter no sorriso as estrelas e no olhar o platinar da lua…
Saudades de acreditar no futuro
De seguir o caminho talhado pela voz interior…
Hoje esse futuro adiado chega para me pedir contas do passado…
E eu fechada numa concha que construí, deixei de acreditar no sonho...
Onde hei de ir eu procurar a vontade de sonhar?
De não ter medo de cair por entre um sonho ou outro…
De ter no sorriso as estrelas e no olhar o platinar da lua…
Saudades de acreditar no futuro
De seguir o caminho talhado pela voz interior…
Hoje esse futuro adiado chega para me pedir contas do passado…
E eu fechada numa concha que construí, deixei de acreditar no sonho...
Onde hei de ir eu procurar a vontade de sonhar?
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Tempo...
Perco-me por entre ruas e ruelas
Desta cidade antiga que me emberçou
Acompanho a evolução das gentes
Outrora pobres mas desfilando felizes
Sinto o calvário em cada rosto
O cansaço que rouba o tempo
As coisas que ficaram por acontecer
Num retrato opaco que vai morrendo
A cidade, essa, permanece bela
Embora envelheça a cada pedra de calçada
Cuja chuva e sol se encarregam das rugas
Que perfeitas a adornam de magia
O Tejo, esse velho conselheiro de almas,
Permanece fiel a cada margem
De dia ilumina as gentes com o seu cheiro
De noite é iluminado pela lua que o visita
E eu aqui sentada nas margens deste idoso rio
Prevejo o futuro que se encurta a cada hora
Recordo o ontem, esqueço o agora e sonho com o depois…
Profetisa da lua...
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Tunel da vida
Luzes fátuas se estendem no crepúsculo
Quando a noite árida chega
Imperfeita, parda, pálida, fugaz
Capaz de vindimar com a brisa ceva
A respiração temporária de uma vida
Que já por si é solitária
Encontro na escrita a evasão
De uma alma consciente do fim
Que deseja cunhar o presente
Numa lápide etérea
Para que ele se torne imortal…
Fantasmas encapuçados lembram o futuro
A morte, a chacina, a intolerância
Que nos espera atenta no fim da estrada
Íngreme, descalça, pobre, faminta
De uma existência que nunca poderá possuir
Como posso compensar o presente
Se ele já chega com o crepúsculo do fim?
Profetisa da Lua
Quando a noite árida chega
Imperfeita, parda, pálida, fugaz
Capaz de vindimar com a brisa ceva
A respiração temporária de uma vida
Que já por si é solitária
Encontro na escrita a evasão
De uma alma consciente do fim
Que deseja cunhar o presente
Numa lápide etérea
Para que ele se torne imortal…
Fantasmas encapuçados lembram o futuro
A morte, a chacina, a intolerância
Que nos espera atenta no fim da estrada
Íngreme, descalça, pobre, faminta
De uma existência que nunca poderá possuir
Como posso compensar o presente
Se ele já chega com o crepúsculo do fim?
Profetisa da Lua
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Os Deuses não estão esquecidos
Aguas ténues do Tejo
Que rompem em manhas cinzentas de Outono
Que se revoltam em ondas salgadas nas margens desta cidade
Gaivotas que acordam os deuses esquecidos
Prometendo o surgimento de um novo ciclo
As folhas das árvores cansadas cobrem o pavimento
O cheiro de Outono inala o tempo já velho
Que sábio acorda as memórias por acontecer…
A noite chega serena em silenciosos passos
A brisa gélida cobre a cidade no crepúsculo
Num silêncio sepulcral …
Corvos esvoaçam campas de poetas e pensadores
Incitando as almas a rescrever a História
Pegadas fantasmas profetizam a aparição da eternidade
Evangelhos são escritos na linha do tempo
Numa tinta escrava que exorciza as verdades
E o mundo padecerá para renascer das cinzas…
Profetisa da Lua...
Que rompem em manhas cinzentas de Outono
Que se revoltam em ondas salgadas nas margens desta cidade
Gaivotas que acordam os deuses esquecidos
Prometendo o surgimento de um novo ciclo
As folhas das árvores cansadas cobrem o pavimento
O cheiro de Outono inala o tempo já velho
Que sábio acorda as memórias por acontecer…
A noite chega serena em silenciosos passos
A brisa gélida cobre a cidade no crepúsculo
Num silêncio sepulcral …
Corvos esvoaçam campas de poetas e pensadores
Incitando as almas a rescrever a História
Pegadas fantasmas profetizam a aparição da eternidade
Evangelhos são escritos na linha do tempo
Numa tinta escrava que exorciza as verdades
E o mundo padecerá para renascer das cinzas…
Profetisa da Lua...
Por vezes o silêncio é um revelador das mais puras verdades....
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Um dia chegará...
Quantos castelos percorri até renascer
Quantas feridas sararam ou se abriram
Quantas mágoas terei de enfrentar até morrer
Quantos olhares tentadores me iludiram
Espadas afiadas cortam-me as asas
Fico detida neste mundo de incertezas
Óh tu peregrino negro que me enlaças
Desiste de mim retorna às profundezas
Visito esperanças de outrora que caiaram
Fui a mão negra que matou o passado
Pensamentos mortos do fundo emergiram
Quais serão as linhas deste meu fado
Pedi ao pássaro negro que me trouxesse o presente
Demorou uma vida e regressou com a morte
Recusei o logro e renasci novamente
Sou um novo corpo com uma velha sorte
.....
Quantas feridas sararam ou se abriram
Quantas mágoas terei de enfrentar até morrer
Quantos olhares tentadores me iludiram
Espadas afiadas cortam-me as asas
Fico detida neste mundo de incertezas
Óh tu peregrino negro que me enlaças
Desiste de mim retorna às profundezas
Visito esperanças de outrora que caiaram
Fui a mão negra que matou o passado
Pensamentos mortos do fundo emergiram
Quais serão as linhas deste meu fado
Pedi ao pássaro negro que me trouxesse o presente
Demorou uma vida e regressou com a morte
Recusei o logro e renasci novamente
Sou um novo corpo com uma velha sorte
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