Pages

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Pescador


Lançaste as tuas redes no meu mar
Desesperançado do que poderias encontrar
Cai nas tuas redes sem fé
Rendendo-me ao destino sem maré
Agora…
Dependo dos teus beijos como o sal
Do teu toque que forte me veleja
Que enchem de ondas a minha vida
Nessa rede pérfida que se chama Amor...

Pedaço de Lua

domingo, 17 de junho de 2007

Lá estavamos...


Lá estava ele, o Tejo, calmo e sereno, espreitando as margens de uma noite lisboeta. A brisa soprava leve como que arrepiando as águas, o teu perfume – que consigo ainda sentir – cobria-me a alma…. O rádio tocava ao de leve músicas idosas pelo tempo… O tempo voava como um corsário que fustiga o prazer de estarmos juntos… A paisagem era de uma Lisboa de luz, de uma ponte que iluminava o rio magestosamente...



O som da tua voz ecoava em mim numa melodia perfeita, como uma valsa que balançava o meu ouvido com notas divinas. O teu olhar falava-me coisas que nunca pensei ouvir, como um segredo guardado para ser revelado naquele momento. O teu toque golpeava as ondas do meu rio numa leve tempestade de emoções.


O silêncio jazeu, de repente, em nossas bocas… E foi ali, quando o tempo parou, quando o vento deixou de soprar, quando a escuridão descobriu o teu rosto, quando a Lua desceu ao teu olhar, que descobri o amor… Nunca um silêncio soube tão bem como aquele que me mostrou a metade de mim. Olhaste-me, como quem encontra o entendimento, como quem sente com o olhar, como quem descobre que ama e é amado… É a isto que se chama amor, dizer “amo-te” com o olhar, com as palavras, com o toque, com a alma……


E o tempo urgiu, o romper da manhã chegou serenamente , e eu parti saudosa de ti…