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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Porque estou apaixonada


O que sinto por ti tem tantas cores que poderia pintar cada parede do universo de uma cor diferente…

Estou assim um turbilhão de 1001 cores com 1001 tonalidades… cada dia mais apaixonada pela pessoa que és…

Amo-te…

sábado, 27 de outubro de 2007

Memórias


Há memórias que distantes chegam
Vasculhando na arca do tempo
Momentos saudosos ou esquecidos
Que ininterruptamente guardam segredos

Um livro abre-se numa página escrita
A tinta desmaia com a idade
Sobre uma caligrafia imperfeita
Numa folha amarelada pelo tempo

O Silêncio rompe o presente
Sobre um candeeiro empoeirado
Numa escrivaninha idosa
Que conhece fielmente cada linha

Histórias surgem num arrepio atroz
Guardado numa brisa secreta
Cujo vento saudoso sopra ao de leve
Palavras clandestinas
....................................

qual o segredo? Já te amava antes de te o dizer...


domingo, 14 de outubro de 2007

Certa de que te amo


Rascunho sentimentos perdidos nesta folha do tempo
Em que as horas se encontram entre ponteiros esquecidos
De um encontro marcado para a eternidade

O fumo do cigarro desnorteado deambula no ar
Lembrando a memória que ainda recente
Se esfuma nas teias de um passado extinto

O cheiro a café que amargo perfuma o ar
Evoca o cheiro do dia em que me conquistaste
Na maresia de um dia que não terá fim

Agora aqui nesta tarde de Outono
Cujas folhas tardam em envelhecer
Anunciando o amor que nos une
Construo um castelo feito de sonhos
Sem alicerces, sem fim, sem propósito
Num reino fadado pela certeza de te amar…

Amo - te

terça-feira, 25 de setembro de 2007



A felicidade é momentanea mas o amor quando nasce é para sempre, é como despir a alma esperando o impossível com a mesma fé com que se nasce para um dia morrer...

* Pedaço de Lua

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Esperando



Depois de estar 45 minutos numa esplanada à espera de alguém que amo muito surgem estas linhas desconexas:


Esvoaçam as horas por entre o tempo
Que preguiçoso tarda o prazer de te encontrar
Espero-te por entre relógios, café e cigarros
Neste lugar sem dono, sem rumo ou tecto
A brisa leve de um verão cansado
Volteia as ideias numa parca inspiração
Esforço a escrita desafiando a criatividade
Invento histórias, pessoas e lugares
Mas nada me inspira se não tu
Quebro as leias da rima e da musicalidade
Na tentativa exímia de vencer o tédio
E de mostrar ao mundo que não estou só
Rascunho ideias e transponho pensamentos
Nesta velha folha de um passado que não chegou
Palavras ao vento te dito
Partilhando ideias e trivialidades
Dando voz ao que sentimos
Numa cumplicidade invejada por alguns…

Chegas por fim…


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Quero-te eterno como a Lua


Observo a lua enfrentando o inimigo tédio
Imponente e cheia espreita por entre o negrume
Escondendo-se tímida por detrás dos prédios
Fazendo sonhar os amantes com o seu perfume
Imagino onde estás meu universo
Recebendo, talvez, os raios da mesma fonte
E eu aqui desnuda de ti espero-te
Mas noutro mundo, lugar ou horizonte
Que é de mim que desejo o infinito
Nos braços parcos desse ladrão que é o tempo
Que é de mim que choro a Morte quando partiste
Que pérfida e silenciosa me persegue com o vento
Como desejo ser imortal para te amar sem idade
E nos teus olhos construir a nossa eternidade
Como anseio por um remédio que mate a morte
Para viver sem medos a nossa sorte

domingo, 12 de agosto de 2007

Amo-te



Cai o véu do teu olhar
Na penumbra que orna a noite
Chovem as minhas lágrimas
No pranto divino que inunda a terra
Quero-te fiel na minha eternidade
Como uma verdade tão certa como o infinito
Embalo-me nas tuas meias verdades
Como se elas sustentassem o amor que sinto
(esqueço-me até que são meias mentiras
e nelas arrecado as certezas que me convêm)
Sorrio chorando por dentro como um anjo sorri
Para não perturbar o silencio do paraíso
Amo-te no calor dos meus beijos
Na respiração arquejante de te querer
Amo-te no silêncio do teu prazer
Resumindo a loucura aos gestos
Amo-te como um segredo
Selado nos meus olhos discretamente
Escondo esta verdade com orgulho
Que atrozmente dança na minha voz
Como se a revelação provocasse
Em mim uma fraqueza humana de amar
Como se desarmasse este ser forte
No deleite da tua alma cativa…



Essa alma que me prendeu desde o primeiro olhar e que me descobriu desde o primeiro beijo...



domingo, 29 de julho de 2007

Ruinas



Percorro impaciente as ruínas da cidade
Como se procurasse a sua alma
Como se encontrasse traços temporais
Com cheiros orientais de épocas ancestrais

Caminho impotente por não reconhecer rostos
Por querer sentir a história de uma cidade
Dentro de cada olhar que me foca
E deles receber desconhecimento

Cada canto tem uma história
Cada rua tem na cal o contador
Cada ruga dos passeios pedregosos
Tem uma pegada do passado

Se cada pedra da calçada
Se cada parede enrugada
Contasse uma história
Teríamos uma epopeia

Uma epopeia de heróis
De aventuras, de letras
De musica, de sonhos
De vitórias, de derrotas

Erguei-vos almas ébrias e ociosas
Porque vos escondeis nos hortos fúnebres
De um passado que quer regressar?

Erguei-vos pois sois a voz do futuro
Embriaguez que esconde a verdade
Ópio de um sonho que ficou por acontecer

Erguei-vos respeitosas almas
Tomai posse deste reino
O cálice é vosso…

Erguei-vos almas piratas
Rebentai as hostes
Acabai com os dogmas

Erguei-vos almas mestras
Que eu serei cônsul dessa vontade
E para sempre a verdade viverá ao lado da historia…

Ana Patricia Diogo (1 de Outubro de 2006)

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Pescador


Lançaste as tuas redes no meu mar
Desesperançado do que poderias encontrar
Cai nas tuas redes sem fé
Rendendo-me ao destino sem maré
Agora…
Dependo dos teus beijos como o sal
Do teu toque que forte me veleja
Que enchem de ondas a minha vida
Nessa rede pérfida que se chama Amor...

Pedaço de Lua

domingo, 17 de junho de 2007

Lá estavamos...


Lá estava ele, o Tejo, calmo e sereno, espreitando as margens de uma noite lisboeta. A brisa soprava leve como que arrepiando as águas, o teu perfume – que consigo ainda sentir – cobria-me a alma…. O rádio tocava ao de leve músicas idosas pelo tempo… O tempo voava como um corsário que fustiga o prazer de estarmos juntos… A paisagem era de uma Lisboa de luz, de uma ponte que iluminava o rio magestosamente...



O som da tua voz ecoava em mim numa melodia perfeita, como uma valsa que balançava o meu ouvido com notas divinas. O teu olhar falava-me coisas que nunca pensei ouvir, como um segredo guardado para ser revelado naquele momento. O teu toque golpeava as ondas do meu rio numa leve tempestade de emoções.


O silêncio jazeu, de repente, em nossas bocas… E foi ali, quando o tempo parou, quando o vento deixou de soprar, quando a escuridão descobriu o teu rosto, quando a Lua desceu ao teu olhar, que descobri o amor… Nunca um silêncio soube tão bem como aquele que me mostrou a metade de mim. Olhaste-me, como quem encontra o entendimento, como quem sente com o olhar, como quem descobre que ama e é amado… É a isto que se chama amor, dizer “amo-te” com o olhar, com as palavras, com o toque, com a alma……


E o tempo urgiu, o romper da manhã chegou serenamente , e eu parti saudosa de ti…