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terça-feira, 25 de outubro de 2011

"o que passou passou"


A dor por quem partiu do nosso mundo surge por vezes, disfarçada numa música ou de um poema que nos faz recordar retratos do passado. É nesse momento que nos questionamos se as raízes do que sentíamos foram queimadas até formarem cinzas, ou se, houve uma erva daninha que sobreviveu.




sábado, 22 de outubro de 2011

Porque a vida é assim...


O caminho foi escolhido. O destino, aquele caçador do tempo, trouxe-me de volta ao ponto de partida.


Pergunto-me como será regressar aos mesmos sítios, estar com as mesmas pessoas, sentir os mesmos cheiros, estar no meu quarto com as coisas que abandonei. Sei que não passou muito tempo desde que aqui estou, mas sei que algo mudou em mim e isso pode afectar a minha visão e o meu comportamento para com as coisas e pessoas.

Já não tenho medo da mudança, de atravessar montanhas desconhecidas. Quero ser no meu mais profundo eu sem medo dos espinhos que possa pisar. Quero enfrentar as ondas remando como um marinheiro experiente, pois descobri que a vida sem marés e tempestades é insonsa. Quem se deixa levar pelas ondas conhece as estrelas, quem se deixa ficar no porto conhece apenas a lua.

Posso ter dado uma volta de 360 graus, mas enquanto movia o transferidor vivi, conheci, transformei-me..


terça-feira, 11 de outubro de 2011

A vida é feita de escolhas, mas a melhor escolha é aquela que é feita com o coração.

"Quando nós queremos muito uma coisa, todo o Universo conspira para que ela se realize". Paulo Coelho



A vida é feita de escolhas, mas a melhor escolha é aquela que é feita com o coração. As coisas podem mudar de um momento para o outro. Num momento podemos querer regressar ao passado, noutro algo muda porque talvez o universo se encarregue disso e as nossas prioridades alteram.

Impus uma meta para uma decisão e vou respeitá-la, porque me ouvi e já não o fazia há uma eternidade. A vida não é feita de probabilidades, mas podemos conjecturar decisões para escolher caminhos. Podemos usar um “se fizer isto, acontece aquilo” e ter um plano B se, e lá está o “se”, as coisas não correrem como o previsto.

Pensei em desistir até ao momento em que recebi uma chamada e uma porta entreabriu-se. Não diria talvez desistir, mas mudei as minhas prioridades numa balança com dois pesos: dinheiro vs felicidade. Naquele momento em que se entreabriu a tal porta conjecturei o equilíbrio.

Acredito cada vez mais na frase: não há coincidências. O destino encarrega-se de nos por à prova, mesmo no limbo das nossas decisões.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Minha Lisboa

Sei que já publiquei este meu poema outrora, mas são as Saudades da minha cidade =)



Lisboa,

Coberta de um azul salgado pintado pelo mar
Cujas tempestades de outrora findaram as lágrimas
De um passado arduamente vitorioso

Que é de mim que me surgi em ti cidade
Num ímpeto fatalmente demorado
Numa inveja inconsciente de ti ó Deidade

Percorro impaciente as tuas ruínas
Como se procurasse a tua alma
Dentro de cada olhar que me foca


Caminho impotente por não reconhecer rostos
Por querer sentir a história de uma cidade
E deles receber desconhecimento

Cada canto tem uma história
Cada rua tem na cal o contador
Cada ruga dos passeios pedregosos
Tem uma pegada do passado

Se cada pedra da calçada
Se cada parede enrugada
Contasse uma história
Teríamos uma epopeia

Uma epopeia de heróis
De aventuras, de letras
De musica, de sonhos
De vitórias, de derrotas

Erguei-vos almas ébrias e ociosas
Porque vos escondeis nos hortos fúnebres
De um passado que quer regressar?

Erguei-vos pois sois a voz do futuro
Embriaguez que esconde a verdade
Ópio de um sonho que ficou por acontecer

Erguei-vos respeitosas almas
Tomai posse deste reino
O cálice é vosso…

Erguei-vos almas piratas
Rebentai as hostes
Acabai com os dogmas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Somos o que escolhemos...



Escuto o silêncio que deambula entre a briza e a terra
Para desvendar os segredos que se afundam na alma
E encontro fendas impossíveis de curar
Escuto os meus passos que surdos me acompanham
Fiéis aos meus valores, sonhos e vontades
E apenas ouço o eco do que já sei
Vejo o sorriso que se reflecte na chuva do meu rosto
E sei que venci o meu ego em guerras e batalhas
Vejo as estradas que terei de percorrer para me encontrar
E não há mapa ou bússola que me consiga guiar
Cheiro as ruas que pintadas de folhas e orvalho
me lembram o chão do meu País
E me recordam a Mulher que sou
Sinto as rugas das calçadas e paredes
Como se fossem minhas e me preenchessem o corpo
Pois sou um puzzle que demorará uma vida a construir
Perco o norte em cada decisão que tomo
Pois nenhum caminho é certo se não me perder…

sábado, 1 de outubro de 2011

Resistência


Acreditar nos nosso passos é como subir uma montanha e sentir cada calo como se fosse uma conquista. É não desistir de subir, mesmo que furemos a sola das botas ou rasguemos o cós das calças. É acreditar que iremos chegar ao cume e dizer “eu consigo” com toda a certeza que nos arde na alma.
Nunca desistam de enfrentar uma montanha, por mais alta que ela seja, pois nunca saberão o que pode estar no topo se não fizerem de tudo para lá chegar. E mesmo que no cume dessa montanha encontrem desilusão, pensem que tiveram coragem o suficiente para subir.
Pensem que cada calo vos prepara para enfrentar outros desafios e que vos ensinou algo sobre vós mesmos que desconheciam.
A necessidade desenha o progresso enquanto a resistência nos fortalece.