Pages

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tempestade



Quando a neblina cai sobre a noite fria
Os modilhões ávidos cantam em uníssono
O hino de um destino disfarçado
Caiados os anjos despem as asas
Cobrindo de lágrimas os céus
Num cinza lúgubre carregado
Os deuses irados praguejam
Palavras que o vento desconhece
Os homens indiferentes ignoram os sinais
O mundo dorme num sono inquieto
A alma do mundo suspira de dor
A mensagem que acaba de receber
do fado que terá de transportar…

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tudo morre mas nem sempre tudo renasce...



Tudo deixa de ser num momento
As palavras deixam de fazer sentido
O olhar torna-se frio e indiferente
O futuro consome-se numa névoa
O presente deixa de ser
Tudo morre porque deixaste de me amar
O nada abraça-me num beijo forçado
Já nada sinto porque morro por dentro
Palavras que me destinas não as ouço
Traiste-me num ápice com palavras doces
para outro olhar que não o meu…
Preferes magoar-me do que afastar
esse sorriso que te conquistou…
Resigno-me à minha ignorância
num vazio enternucedor …
E tu, cavaleiro que me mataste,
contemplas um novo futuro
com um ser diferente…

Ana Diogo