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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Demora

Escuto as palavras que tens por me dizer


No silêncio cru que me incendeia

Tento prever as estrelas que se desenharão no céu

Depois daquela tarde escondida em que te irei conhecer

Horas parecem décadas, séculos, talvez vidas

O tempo pesa como uma dedilhada de aço

Tento revelar o que o destino me reserva

Nas linhas ténues do meu presente

Escrevo – te na esperança de me leres

E tragas o futuro sem vagar ….

 
Ana P. Diogo

domingo, 29 de julho de 2012

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domingo, 22 de julho de 2012

Falta-me...

Falta-me…

O calor dos teus lábios naquelas manhãs cinzentas,

O perfume a carmesim do teu olhar inconcreto;

As palavras deixadas ao vento que inundaram o silêncio.

Falta-me a alma, corpo e alento….


sábado, 21 de julho de 2012

Onde estás?



Não sei onde andas, ainda não te conheço.


Sei que estás aí num ponto indefinido do universo.

Sei que sentes a mesma ausência que eu...

A mesma solidão, mesmo que estejas, como eu, rodeado de gente.

Sei que tens as mesmas incertezas que eu e,

que contemplas o céu com a mesma esperança de me encontrares.

Sei? Talvez saiba, ou talvez não...

Ou sejam apenas desculpas que alentam esta solidão que sinto.

O meu ego, já tão magoada, faz um esforço para acreditar,

que um dia vou te conhecer...

Mas, quando aquela dor chega, todas as certezas se transforma em grãos de areia,

que caem por entre os dedos e desenham o caminho: a solidão.