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sábado, 4 de agosto de 2012

Passos...

Vejo-me e revejo-me no infinito da incerteza
Conto os passos que perdi e os que encontrei
E sai de mim uma indubitável certeza
De que nada sou de um todo que se arruinou
Caminho a passos principiantes sem rumo
Desenho um mapa sem enredos, com linhas ambíguas
Sem estradas, com  caminhos estreitos e desertos
Pergunto-me que caminhante sou, peregrina por dever
Ou turista de uma vida que não escolhi
Tento encontrar a verdade, se é que existe
Ou o sentido desta vida que me calhou em sorte
Sonho existir noutro espaço, noutra linha mais recta
Em ser o que sou quando a noite cai e o mundo se desvenda...
Ana P. Diogo