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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Os Deuses não estão esquecidos

Aguas ténues do Tejo
Que rompem em manhas cinzentas de Outono
Que se revoltam em ondas salgadas nas margens desta cidade
Gaivotas que acordam os deuses esquecidos
Prometendo o surgimento de um novo ciclo
As folhas das árvores cansadas cobrem o pavimento
O cheiro de Outono inala o tempo já velho
Que sábio acorda as memórias por acontecer…

A noite chega serena em silenciosos passos
A brisa gélida cobre a cidade no crepúsculo
Num silêncio sepulcral …
Corvos esvoaçam campas de poetas e pensadores
Incitando as almas a rescrever a História
Pegadas fantasmas profetizam a aparição da eternidade
Evangelhos são escritos na linha do tempo
Numa tinta escrava que exorciza as verdades

E o mundo padecerá para renascer das cinzas…


Profetisa da Lua...
Por vezes o silêncio é um revelador das mais puras verdades....

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