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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tunel da vida

Luzes fátuas se estendem no crepúsculo
Quando a noite árida chega
Imperfeita, parda, pálida, fugaz
Capaz de vindimar com a brisa ceva
A respiração temporária de uma vida
Que já por si é solitária

Encontro na escrita a evasão
De uma alma consciente do fim
Que deseja cunhar o presente
Numa lápide etérea
Para que ele se torne imortal…

Fantasmas encapuçados lembram o futuro
A morte, a chacina, a intolerância
Que nos espera atenta no fim da estrada
Íngreme, descalça, pobre, faminta
De uma existência que nunca poderá possuir

Como posso compensar o presente
Se ele já chega com o crepúsculo do fim?


Profetisa da Lua

Um comentário:

caracol menina ~° disse...

eu pretendia dizer: você com seus poemas tão apaixonados.
Mas sabe, o fim é sempre uma sombra. Apenas isso.